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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não sabe ou tem dúvida, eclareça aqui...

As diferenças entre ARTRITE e ARTROSE

Essa seja talvez uma das maiores dúvidas presentes em quaisquer ambulatórios de Ortopedia, motivo de grande confusão quando o assunto é tentar compreender seus conceitos e sua fisiopatogenia. Por isso, espero esclarecer tais dúvidas com essa explicação rápida.
A artrite é um processo inflamatório - específico ou inespecífico - da membrana que reveste a articulação, chamada membrana sinovial. Isso resulta em dor e edema articulares, além de grande impotência funcional. Pode ser causada por uso excessivo, como quando acontece nos exercícios físicos em excesso ou feitos sem orientação (artrite traumática transitória) ou por processos infecciosos, por agentes inoculados no foco articular ou a distância. Necessita de tratamento imediato e normalmente responde rápido a intervenção médica.
As artroses articulares são resultantes de um desgaste progressivo e crônico da cartilagem que reveste a face articular dos ossos, resultando em dor crônica, creptação difusa aos movimentos e também impotência funcional. Responde mal ao tratamento, necessitando de longos períodos de tratamento, o que nem sempre garante sucesso ao final.
Portanto, a única relação que pode existir entre essas duas patologias é que a artrite, se não tratada a tempo, pode agredir demasiadamente a cartilagem, interferindo na sua nutrição, e resultar na necrose da mesma, levando a artrose.
Lembrando sempre que a melhor solução para as artroses é a prevenção, expressa na prática de esportes regularmente e manutenção do peso corpóreo ideal sempre!
Quanto ao tratamento, nas artrites lançamos mão de AINE como Arcoxia ou Prexige, além de gelo local, 20 minutos de 3/3 hs. Podemos ainda utilizar antibióticos quando a provável etiologia for infecciosa. Ja nas artroses, devemos usar os estimuladores de crescimento cartilaginoso, como artrolive ou condroflex, por um período que vai de 3 a 6 meses!

Fonte site: ORTOPEDIA SEM LIMITES

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Consciência...

Hoje senti preguiça, mas andar mesmo que seja um pouco por dia está me fazendo muito bem. Minha musculatura se desenvolve e fortalece, com isso tenho sentido meu joelho mais firme e seguro. Tendo mais segurança pra andar e batentes que antes não subia agora não mais me assustam.
Não tem nada melhor que acordar bem disposta. E os exercícios têm feito isso comigo. Espero que meu personal training venha logo para começarmos os treinamentos “pesaaaaados” – hahahahaha até parece – preciso e quero estar em forma.
Pena que a piscina de casa não esteja liberada, pois assim não precisaria procurar uma academia, mas fazer o que “se não tem tu, vai tu mesmo”.
Minha vantagem é que meu organismo responde rapidamente aos estímulos e minha musculatura se desenvolve rápido. A isso devo agradecer aos anos de esporte durante minha infância e adolescência, só na juventude que tinha preguiça e não era tão assídua, mas não deixei de me exercitar totalmente.
Hoje mais que nunca tenho consciência da necessidade de me exercitar e das vantagens de um corpo saudável.
Mas deixa eu ir aqui...
Amanhã ou mais tarde tem mais...
Xeeeeero a todos!!!
Bye bye...

Benvenuto!!! Welcome!!! Bienvenue!!! Bienvenido!!! Willkommen!!!

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Novo Tratamento Ortopédico!!!

Achei muito interessante essa matéria que fala de um novo tratamento na área de Ortopedia. Me interessei muito. Quero ver a possibilidade de ser utilizado em meu joelho.
Leiam... Vale a pena!!!

Injeções de Plasma (PRP) revolucionam tratamentos ortopédicos

Fonte: Jornal Dia a Dia

Dois dos maiores astros do Pittsburgh Steelers, campeão do mais recente torneio de futebol americano dos Estados Unidos, utilizaram seu próprio sangue em um tratamento inovador para lesões, antes da vitória da equipe no Super Bowl. Pelo menos um arremessador em uma das grandes equipes de beisebol, cerca de 20 jogadores de futebol profissionais e talvez centenas de atletas amadores também recorreram ao procedimento que está revolucionando a ortopedia mundialmente: o PRP- Plasma Rico em Plaquetas. O maior atrativo, dizem os especialistas, é que a técnica ajuda a regenerar ligamentos e fibras de tendões, o que pode reduzir o período de reabilitação e assim evitar a necessidade de cirurgia

Os resultados iniciais são bastante promissores em relação aos tratamentos ortopédicos em medicina esportiva. Através de um método simples utiliza-se as plaquetas do próprio paciente (método autólogo) conseguindo melhorar, acelerar e até curar a grande maioria das lesões ortopédicas como, por exemplo, tendinites, lesões musculares, não generação cartilaginosa, meniscal e ligamentares, além de acelerar a consolidação de fraturas.

Os resultados iniciais promissores do método estão assegurando aos especialistas em medicina esportiva e ortopédica que a terapia de plaquetas ricas em plasma, um método de tratamento bastante simples de utilizar, pode resultar em melhorias no tratamento de lesões persistentes como tendinites e problemas de articulação de cotovelos e joelhos que afligem mais de 50% da população ocidental.

O método, desenvolvido por dentistas há oito anos em Barcelona, na Espanha, começou também a ser usado por ortopedistas do mundo inteiro, chegando ao Brasil há quatro anos pelas mãos do médico baiano Roberto Dória. Em seguida, vários ortopedistas começaram a utilizá-lo sendo que no eixo Rio-São Paulo, o ortopedista Carlos Henrique Bittencourt é um de seus maiores entusiastas.

Desde que chegou ao Brasil o PRP já beneficiou as atrizes Cláudia Raia, Glória Menezes e Tarcísio Meira, Ângela Vieira, Leandra Leal, Isabella Garcia e bailarinos como Cecília Kerche, além de centenas de atletas. O PRP consiste na injeção de componentes do sangue do paciente diretamente na área lesionada, o que estimula a regeneração local do corpo repara músculos, ossos e outros tecidos. O maior atrativo, dizem os pesquisadores, é que a técnica ajuda a regenerar as lesões ortopédicas, o que pode reduzir o período de reabilitação e assim evitar a necessidade de cirurgia.

Carlos Henrique Bittencourt pesquisa os efeitos do plasma rico em plaquetas há dois anos e já aplicou a técnica em pelo menos quatrocentos pacientes. Por seu requintado consultório no Leblon, no Rio de Janeiro, circulam muitas pessoas querendo conhecer o procedimento: celebridades diversas, socialites, idosos com indicações radicias de prótese e gente antenada e abastada, diga-se de passagem, pois o procedimento – assim como qualquer medicina de ponta- não é barato. “A pesquisa sobre os efeitos do plasma rico em plaquetas se acelerou nos últimos meses. É impressionante a rapidez da recuperação, a regeneração celular. A ortopedia é um campo vasto e fértil pra você usar o PRP porque na verdade ela envolve tecidos e todo o sistema músculo esquelético. Seja numa fratura para que ela consolide mais rápido ou em uma lesão tendinosa em que o fluxo sanguíneo que chega no local é muito pouco, e principalmente nas lesões de cartilagem, os efeitos da aplicação do plasma rico em plaquetas são muito eficazes” diz Bittencourt.

Dr. Allan Mishra, professor assistente de ortopedia no Centro Médico da Universidade Stanford e um dos principais pesquisadores nesse campo, alega que estudos mais rigorosos serão necessários antes que a terapia possa ser declarada comprovada cientificamente. No entanto, muitos pesquisadores imaginam que o procedimento possa se tornar um método de tratamento cada vez mais popular, por motivos tanto médicos quanto financeiros. "Trata-se de uma opção melhor para problemas que não apresentam soluções grandiosas, é um método não cirúrgico e utiliza as células do próprio corpo para ajudá-lo a se curar", alega Allan Mishra.

Quando procurou Carlos Henrique Bittencourt, no início de 2007, Cláudia Raia apresentava um quadro de tendinites crônicas nos tendões patelares do joelho onde se insere a parte posterior da região do glúteo, em conseqüência dos anos dedicados ao ballet. Tinha também tendinite de Aquiles e tendinite no ombro. Quando soube das pesquisas do médico que tinha chegado recentemente da Itália e estava aplicando o plasma rico em plaquetas em pacientes no Rio e São Paulo, se colocou à disposição para fazer o tratamento. “Colhemos seu sangue, separamos as plaquetas e fizemos seis infiltrações simultâneas no joelho, no tendão patelar, no joelho direito, no joelho esquerdo, na tuberosidade esquiática e no ombro” explica o ortopedista. Cláudia afirma que quase dois anos depois nunca mais sentiu dor alguma e que a comprovação de que o método é a grande revolução da ortopedia se deu este ano quando operou novamente com Bittencourt, desta vez uma artroscopia de tornozelo. “Quando fiz minha primeira artroscopia há alguns anos com o Carique (nome pelo qual Bittencourt é tratado pelos amigos) ele ainda não estava desenvolvendo a pesquisa com o PRP. Este ano, depois de uma lesão nos ensaios de Sweet Charity, repetimos o procedimento no mesmo tornozelo, só que utilizando o plasma rico em plaquetas. Foi impressionante minha recuperação e a cicatrização. Em menos de uma semana meus movimentos de extensão, flexão e inversão estavam perfeitos e normais e a dor desapareceu” conta Cláudia que é uma das maiores incentivadoras das pesquisas com o método no país.

O caso da atriz Glória Menezes também impressiona. Aos 73 anos, com o joelho esquerdo operado há mais de trinta, a atriz recorreu a Bittencourt devido a um processo degenerativo grave no joelho direito que a impedia de encenar a peça “Ensina-me a Viver”. Uma risoartrose também lhe fazia ter dores horríveis nos punhos. Foi operada e submetida a aplicações do PRP em ambos os joelhos e nos punhos. Em tempo recorde, menos de um mês, estava de volta aos palcos e sem dor alguma nos punhos. Recentemente Bittencourt foi procurado pela bailarina Cecília Kerche que possuía graves lesões no quadril. Foram 22 infiltrações de plaquetas em articulações nos pés, nos tendões, nos joelhos, nas mãos e principalmente no quadril. Hoje, após dois meses de evolução, já existe uma grande possibilidade de volta aos palcos.

O plasma rico em plaquetas é produzido por meio da punção venosa de uma pequena quantidade de sangue do paciente, que é submetida à filtragem ou processada em uma centrífuga de alta velocidade que separa os glóbulos vermelhos das plaquetas, que são responsáveis por liberar as proteínas e outras partículas envolvidas no processo de cura que o corpo mesmo conduz. Em seguida, a substância remanescente é injetada diretamente na área danificada. A alta concentração de plaquetas - 10 vezes o volume normalmente presente no sangue - catalisa o crescimento de novas células

Segundo Carlos Henrique Bittencourt, a substância injetada em áreas que o sangue dificilmente percorreria em outras circunstâncias, pode propiciar os instintos curativos das plaquetas sem deflagrar a resposta de coagulação pela qual elas são tipicamente conhecidas. "Acredito que seja justo dizer que o plasma sanguíneo rico em plaquetas tem o potencial de revolucionar não só a medicina no campo da ortopedia, mas na dermatologia, odontologia, cirurgia plástica e qualquer outra especialidade que necessite de regeneração. Ele requer muito mais estudos, mas levar adiante o trabalho nesse campo se tornou obrigatório no Brasil” diz.

Neal ElAttrache, que é médico do time de beisebol Los Angeles Dodgers, usou a terapia das plaquetas ricas em plasma em julho do ano passado, em um ligamento colateral dilacerado no cotovelo do arremessador Takashi Saito. Caso o problema tivesse sido combatido por meio de uma cirurgia, a temporada estaria encerrada para Saito e ele ficaria entre 10 e 14 meses afastado do esporte; mas em lugar disso ele conseguiu voltar a jogar em setembro, em tempo para a disputa do título divisional, sem sentir quaisquer dores. Embora ElAttrache tenha declarado que não podia estar certo de que foi o procedimento que respondeu pela recuperação do arremessador - cerca de 25% dos casos desse tipo se curam sozinhos, segundo ele -, o resultado foi mais um sinal encorajador para a técnica nascente, que segundo médicos que trabalham nesse ramo poderia ajudar não só a curar as lesões de atletas profissionais mas os casos de tendinite e doenças semelhantes encontrados na população mais ampla. "Nas últimas décadas, temos trabalhado com os efeitos mecânicos da cura - como estabelecer uma estrutura firme de sutura, como ancorar bem o trabalho cirúrgico", alegou o médico.

Outro ponto favorável ao Plasma Rico em plaquetas é que não existe chance de rejeição ou de reação alérgica, porque a substância é autóloga, o que significa que vem do corpo do paciente; a injeção porta risco muito menor de infecção do que uma incisão, e não deixa cicatriz; a sessão de tratamento dura apenas 30 minutos, e o tempo de recuperação posterior é consideravelmente mais curto que o necessário a uma recuperação pós-cirúrgica. Mas para que o procedimento chegue às esferas populares e o método seja aceito amplamente como a grande revolução da medicina regeneradora neste início de século, muitos obstáculos terão que ser vencidos.

O procedimento que custa em torno de R$ 3 mil por aplicação - ante o custo de R$ 20 mil a R$ 30 mil de uma cirurgia -, não tem ainda a aceitação dos planos de saúde e os recipientes que colhem o sangue são muito caros. “Os planos ainda são inflexíveis, burocratas e não conseguem pensar em nada que não seja gastar dinheiro. Entretanto, é um lucro enorme tirar o paciente do hospital com rapidez e até mesmo não precisar interná-lo.O Plasma Rico em Plaquetas proporciona menor tempo de internação e uma recuperação mais rápida” afirma Bittencourt que é otimista em falar de sua luta em convencer as empresas que exploram esta ciência para que abaixem os preços dos recipientes para a centrifugação do sangue dos pacientes. “A matéria prima é o sangue humano. Estamos tentando convencê-los a fornecer os recipientes a preço menor do que vendem no mercado e que eles doem para grupos que querem fazer esse estudo em pacientes diabéticos, em cirurgia plástica, em cirurgia abdominal, em cirurgia ortopédica. Necessitamos que o procedimento possa ser realizado com muito mais freqüência, o que facilitará em muito as conclusões e avaliações de resultados”.


Técnicas para obtenção do gel de P.R.P

• Após a coleta do sangue em tubos de 4,5ml com 3,8% de citrato de sódio os mesmos são adequados e colocados na centrifuga, e distribuídos de maneira uniforme e simétrico.
• Programa-se a centrifuga para tempo de +/- 10min. em uma velocidade fixa de 1200rpm.
• Após este procedimento, com parada espontânea da centrifuga, retira-se cuidadosamente os tubos colocando-os na estante para iniciar-mos a pipetagem.
• Na pipetagem iremos separar três frações a ser retirado de cima para baixo.
* Parte superior : Plasma pobre em plaquetas (PPP).
* Parte intermediaria : Plasma médio em plaquetas (PMP).
* Parte inferior : Plasma rico em plaquetas e muito rico (PRP).
• Com as frações separadas em cubas estéril disdintas, iremos iniciar a ativação da cascata de coagulação pela via intrínseca com cloreto de cálcio estéril à 10%, com auxilio de um banho Maria que deve ser controlado a temperatura por volta de 37º C (Temperatura corporal).
• O gel será formado em aproximadamente 5 à 15min. variando de pessoa para pessoa.
• No PRP se for acondicionado osso autógeno esse tempo ira cair muito, pois haverá uma aceleração no processo de coagulação devido ao cálcio do osso autógeno. IMPORTANTE : Após formado o gel usar o mais breve possível pois as atividades das plaquetas estarão integras até no máximo 4 horas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sem ela eu não teria conseguido!!!



MÃE...
O que posso dizer...

“Era uma vez uma criança pronta para nascer...
Meu Deus é verdade o que me dizem?
Que amanhã Tu me enviarás para a terra?
Mas como vou poder viver lá, sou tão pequeno e sem recursos?
Deus respondeu:
Dentre todos os anjos, escolhi um especialmente para ti.
Ele te atenderá e vai tomar conta de ti.
Mas... Disse a criança:
...aqui no Paraíso eu não faço outra coisa a não ser cantar e sorrir...
Tenho necessidade disto para ser feliz...
Deus diz:
A cada dia, teu Anjo cantará pra ti. Sentirás seu amor e serás feliz, criança...
A criança continuou...
Como poderei compreender o que me dizem se não conheço a língua deles?
É fácil, respondeu Deus, teu Anjo te dirá as mais doces, as mais maravilhosas palavras...
...e com muita paciência e delicadeza, teu Anjo te ensinará a falar...
A criança olha para Deus e diz:
E como vou fazer quando quiser falar Contigo?
Deus sorri para a criança lhe dizendo:
Teu Anjo te mostrará como juntar as mãos e te ensinará a rezar.
Diz a criança: Ouvi dizer que na Terra existem homens maus...
Quem me protegerá?
Com muita ternura, Deus respondeu...
Teu Anjo te defenderá ainda que seja com risco de sua própria vida!
A criança ficou triste e disse:
Mas eu serei sempre infeliz por não Te ver mais...
Deus abraçou a criança dizendo a ela:
Teu Anjo te falará de mim e te ensinará o caminho para voltares a mim, mas estarei sempre a teu lado.
Reinou no céu, nesse momento, uma grande Paz. Vozes se ouviram vindas da Terra...
Sentindo o tempo se esgotando, a criança perguntou:
Oh! Meu Deus, estou pronto para partir, mas por favor diga-me o nome do meu Anjo!!!
Deus respondeu:
O nome do teu Anjo não tem importância, minha criança.
Tu o chamarás simplesmente...
MAMÃE!!!



Essa... Foi... É... E sempre será Meu Anjo...
Presente nos meus melhores e piores momentos.
Noite e dia ao meu lado, sorrindo e chorando junto comigo.
Te Amo muito minha Mãe!!!
Tu és tudo pra mim.
Sem tua força, carinho, cuidado, dedicação e Amor eu não teria conseguido superar todas as dificuldades, momentos ruins, dores, angustias, medos, receios que passei e que sentir...
Você me passa conforto, segurança, esperança, fé... Amor!!!
Te amo e te amarei pelo resto de minha vida, pois esse é o sentimento mais puro, verdadeiro, sincero e incondicional que conheço...
Te Amo...
Te Amo...
Te Amo...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Resumo do que me aconteceu!!!

Exatamente no dia 15 de junho de 2008, vi minha vida mudar por completo para sempre.
Era domingo, estava em uma barraca de praia e saí para pegar dois amigos. Quando saia da casa da última, a uns 100 metros de distância da mesma, pegando a rua principal, um carro se chocou com o meu num impacto tão grande que me açoitou do outro lado da rua em cima de um poste. Nós não estávamos nem a 40km/h, mas ela vinha em alta velocidade. A pancada foi toda na lateral em cima de mim. Por instantes perdi os sentidos, mas logo recobrei a consciência. E não acreditava no que estava acontecendo. Estava preocupada com meus amigos e tentava desesperadamente, de todas as maneiras sair do carro, sem saber que não podia, pois estava presa nas ferragens. Precisou que os bombeiros junto com o Samur me resgatassem e me tirassem de dentro. Não sentia dor, mas estava muito zonza. Fomos todos levados para o hospital. Depois de um bom tempo esperando e já sentindo muita dor foi que soube o que havia acontecido comigo. Tinha quebrado a bacia, especificamente o acetábulo, estava em frangalhos. Quebrei também o tornozelo direito (onde colocaram dois parafusos), o dedão do pé esquerdo (onde colocaram um parafuso), o metatarso esquerdo (onde colocaram duas malhas de aço), partir a testa e o nariz, onde levei muitos pontos e ganhei uma cicatriz que graças a Deus é quase imperceptível. Quanto aos meus amigos, uma quebrou apenas o braço e o outro teve rompimento do intestino e por pouco não morre. Mas hoje em dia, graças a Deus, estão muito bem e totalmente recuperados.
Na cidade onde estava (Aracaju/SE) não tinha recursos para atender às minhas necessidades e tive que as pressas ir para minha cidade natal (Salvador/BA), onde fui atendida pelos melhores especialistas da área de ortopedia e traumatologia.
Logo que cheguei eles me colocaram numa “Tração”, que é um recurso para puxar o fêmur e coloca-lo no lugar correto. É um processo cirúrgico simples e rápido, mas o desconforto é grande.
Passaram-se uns dias e fiz a primeira cirurgia de grande porte, que foi a de reconstituição do acetábulo. Foi demorada e trabalhosa. Perdi muito sangue e a recuperação pós-cirúrgica foi na UTI. Três dias depois voltei para o quarto e permanecia também com a tração.
Dias depois foi à cirurgia dos pés. Essa foi mais fácil e não teve complicação nenhuma. Em compensação, a dor pós-cirúrgica era terrível. Não desejo nem ao meu “pior inimigo” a dor que sentir, pois era muito intensa e continua. E ainda tinha o incomodo da tração, que os médicos insistiam em me deixar com ela. Cheguei num ponto de não suportar mais agarrei a enfermeira pelo jaleco e pedir Morfina, porque nenhum dos analgésicos que me devam surtia efeito.
Dias se passaram, e nesse meio tempo tiraram à tração, comecei a sentir dor na perna, e foi constatado que meu fêmur estava luxando novamente (havia saído do lugar) e precisaria colocar a tração novamente. Foi marcado esse procedimento cirúrgico justo no meu aniversario dia 30 de junho de 2008 – risos, que presente de grego em? – E no dia fizeram uma festinha surpresa pra mim com direito a torta, parabéns e tudo mais, mas eu não pude nem provar, pois estava de jejum absoluto.
Passaram-se mais uns dias, a dor me incomodava bastante e foi detectado que uma das placas estava solta no acetábulo e precisaria reabrir para colocá-la no lugar. Foi sinistro ouvir isso. Não vou mentir que sentir um pouco de medo, pois esse procedimento não seria tão simples, porque iriam abrir de novo o mesmo lugar para consertar algo que já estava feito e seria uma cirurgia de grande porte tanto quanto primeira. Me lembrei dos momentos pós-cirúrgicos na UTI – passaram uns flash´s na minha mente – mas como não tinha pra onde correr – risos, literalmente falando – e fiz minha cirurgia. De novo fui parar na UTI, mas graças a Deus, foi mais tranqüilo.
Em setembro o medico me deu alta e foi uma alegria só. Voltei pra casa de meus pais e dei continuidade à recuperação.
Em outubro comecei a sentir umas fortes dores e não sabia o que fazer. Procurei meu médico que passou uns remédios, mas nada mudou só piorava a dor.
Um dia sem agüentar mais voltei ao hospital e fiz uma tomografia foi detectado que a cabeça do meu fêmur estava necrosada. Voltei a colocar a tração ficando com ela por um mês, mas não surtiu efeito e a solução era fazer outra cirurgia. Meu médico me deu duas opções uma era a: * Artroplastia * (Artroplastia ou Prótese Total do Quadril se caracteriza pela substituição ou troca da articulação do quadril. A cabeça do fêmur é trocada por uma prótese). A segunda: * Artrodese * (Artrodese é um procedimento cirúrgico que consiste na imobilização de uma articulação com o uso de fios cirúrgicos ou placas e parafusos de metal).
Uma pela outra, eu não queria troco – como diz o ditado popular – nas duas eu ia perder alguma coisa, mas também ia ganhar e tinha que escolher. O médico ia viajar passando sete dias fora e quando voltasse queria minha resposta. Quando ele retornou e veio saber da minha decisão lhe perguntei:
- Doutor, o senhor tem filhos?
- Sim Jacy, tenho duas filhas, por quê? – perguntou ele curioso
- Porque quero que o senhor olhe pra mim, como se fosse a sua terceira filha, e diga com todo coração e competência no assunto: o que o senhor faria se fosse sua filha que estivesse em meu lugar? – falei, olhando seriamente e bem dentro de seus olhos
- Huummm – um suspiro – Se fosse minha filha eu faria a artrodese, sem dúvida nenhuma, Jacy. Pois lhe dará uma melhor qualidade de vida, sem precisar ter que passar por novos procedimentos cirúrgicos futuros. – disse olhando também no fundo dos meus olhos
- Então está decidido. Será a artrodese que farei. Pode providenciar a cirurgia doutor. – o olhei com ar de alegria e confiança.
E assim foi feito, mais ou menos uns cinco dias depois, a cirurgia estava feita. Foi colocada em meu fêmur parafusado a minha bacia uma placa de aço cirúrgico de mais ou menos 25cm. Evitando, totalmente qualquer movimento nessa articulação. O procedimento foi de grande porte, trabalhoso, perdi muito sangue e terminei parando na UTI novamente.
Quando voltei para o quarto, foi uma bênção, sentia uma alegria imensa por saber que havia “pulado mais uma fogueira”. Mais uma batalha ganha pela luta da vida. Só que como diz o ditado popular “alegria de pobre dura pouco”, descobriram que estava com infecção urinária, por isso tive que ficar de molho no hospital por mais dez dias, antes de ter alta para tomar o medicamento contra a infecção.
Enfim, a alta e a saída do hospital chegou no dia 23 de dezembro de 2008. Foi uma festa!!! Um alívio estar de volta em casa, na paz e segurança do lar e da família!!!
A partir disso a cada dia que passa tenho melhorado, estou aos poucos recondicionando meu corpo, fortalecendo minha musculatura, ampliando meus movimentos, minha flexibilidade e principalmente minha autoestima. Faço diariamente fisioterapia e exercícios fisicos.
Em novembro fiz a última cirurgia que necessitava, a do joelho, pois estava bem acabadinho. O menisco tava terrivel desgastado, o ligamento nada bom e o principal é que minha perna estava torta por causa da pancada no acidente. Tiraram um pedaço do meu fêmur – em formato de um pedaço de pizza, é mole? – e colocaram mais duas placas e seis parafusos. Serão mais uns quatro a seis meses até estar totalmente recuperada.
E hoje me encontro nesse processo de recuperação e com uma vontade monstra de voltar a vida cotidiana.
Este é um resumo do que me aconteceu desde o dia do acidente só para vocês terem uma pequena noção.